11 de novembro de 2024

O “Movimento Humanizar a Saúde em Coimbra” é um movimento de intervenção cívica, constituído por pessoas de Coimbra preocupadas com a humanização dos cuidados de saúde prestados na cidade, e tem como propósito promover a sua melhoria através de múltiplas iniciativas. O Movimento vem organizando periodicamente um conjunto de Sessões públicas, pretendendo-se que cada uma seja um tempo de reflexão e debate sobre a humanização em Saúde.

A inteligência artificial (IA) está a evoluir a um ritmo acelerado, criando um futuro aberto a múltiplas possibilidades. A IA baseia-se em algoritmos e dados, e a sua capacidade de aprender e adaptar tem-se revelado impressionante, embora se encontre ainda longe de replicar a sofisticação da mente humana. Os sistemas de IA conseguem processar informação e realizar tarefas complexas com uma eficiência sem precedentes mas uma questão persiste: será a IA capaz de alguma vez sentir emoções? A capacidade de sentir e de processar emoções é um dos pilares do ser humano. As emoções influenciam as nossas decisões, moldam as nossas relações, e enriquecem a nossa compreensão do mundo. No entanto, a natureza das emoções permanece um enigma.

A inteligência emocional (IE), que envolve a capacidade de reconhecer, entender e gerir emoções, é um campo vasto e multifacetado que parece permanecer, em grande parte, fora do alcance da IA. Existem, no entanto, já esforços para desenvolver uma IA emocional, nomeadamente através de redes neuronais artificiais que, inspiradas na estrutura do cérebro humano, têm sido usadas para criar sistemas que podem processar e interpretar dados emocionais. Por exemplo, algoritmos de reconhecimento facial podem identificar expressões faciais associadas a diferentes emoções. Outros sistemas estão a ser desenvolvidos para analisar o tom de voz e a linguagem corporal, com o objetivo de detetar e interpretar emoções.

Apesar destes avanços, a IA emocional ainda enfrenta desafios significativos. Um dos desafios é a criação de sistemas de IA que não apenas reconheçam emoções, mas que também as compreendam. Para isso, seria fundamental desenvolver a capacidade de empatia, ou seja, a aptidão para se colocar no lugar do outro e para entender a sua experiência emocional. A criação de uma IA empática exigiria uma compreensão profunda da natureza humana e da complexa interação entre emoções, pensamentos e comportamentos, o que (queremos acreditar…) dificilmente estará ao seu alcance.

Nesta Sessão – Inteligência Artificial e Emocional – será discutida a Inteligência Artificial e a Inteligência Emocional, as suas inter-relações e o seu potencial impacto no futuro, em particular na área da Saúde. Contará com as intervenções de Amílcar Cardoso (CISUC) e de António Macedo (FMUC). A moderação estará a cargo de João Gabriel Silva (IPN).

A Sessão ocorrerá a 11 de novembro de 2024, no Seminário Maior de Coimbra, com início às 21h00. A presença é livre e não requer inscrição prévia.