A PREVENIR, entidade sem fins lucrativos dedicada à prevenção e promoção da saúde, alerta para a necessidade urgente de reforçar as políticas de promoção da saúde mental em Portugal, após o mais recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) ter revelado que o país é o pior classificado em indicadores como a saúde mental.
Para Margarida Barbosa, CEO da PREVENIR, “estes dados são preocupantes e refletem a urgência de uma abordagem nacional mais robusta na promoção da saúde mental. É fundamental continuar a debater este tema e implementar medidas eficazes para garantir que mais pessoas possam ter uma vida emocionalmente saudável e equilibrada.”
E acrescenta: “Investir na saúde mental não pode ser apenas uma resposta a situações de crise, mas sim um compromisso contínuo com a prevenção, capacitando crianças, jovens e adultos a desenvolverem resiliência emocional e estratégias eficazes para lidar com o stress e a ansiedade. Mais do que tratar, é necessário reduzir fatores de risco que impactam negativamente a saúde mental da população.”
Os dados do relatório final do Patient Reported Indicators Surveys (PARis), apresentados recentemente, e que, em Portugal envolveram mais de 12.000 pessoas e 91 centros de saúde, revelaram que apenas 67% dos utentes avaliaram positivamente a sua saúde mental. Este valor fica 26 pontos percentuais abaixo dos Estados Unidos, país melhor classificado entre os 19 analisados, com 93%.