8 e 9 de maio | Hotel Cristal Porto

Os desafios da migração para a saúde global são um dos temas centrais do IV congresso internacional 1H-TOXRUN, que se realiza a 8 e 9 de maio, no Porto.

António Vitorino, presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, fará a conferência de abertura às 9h30 de dia 8. Este congresso é organizado pelo polo 1H-TOXRUN (do Instituto Universitário de Ciências da Saúda da CESPU) da Unidade de Investigação UCIBIO.

“Vamos abordar a necessidade de respostas integradas, intersectoriais para os problemas emergentes na saúde pública. A migração global é um dos maiores desafios deste nosso século com mais pessoas do que nunca a atravessarem fronteiras. Este movimento acarreta dificuldades para a saúde tanto nas populações migrantes, como nas dos países que as acolhem. E se, por exemplo, as doenças infeciosas são muitas vezes associadas a estas deslocações (sobretudo em contextos de crise ou más condições sanitárias), subestima-se o impacto das doenças não comunicáveis e da exposição a problemas ambientais (como a poluição do ar, pesticidas, metais pesados e solventes), que contribuem em larga escala para a morbilidade e mortalidade destas populações. Porém, este impacto é profundo e duradouro, pelo que é preciso abordarmos cientificamente esta questão, encontrarmos soluções e adotarmos respostas integradas de saúde pública para mitigar esses impactos”, afirma Ricardo Dinis-Oliveira, presidente do comité organizador do congresso

É por isso que, durante dois dias, no Hotel Cristal Porto, cerca de 200 investigadores e profissionais de todo o mundo, especialistas nas áreas da toxicologia, biomedicina, medicina, ciências do ambiente, nutrição, saúde pública, educação e farmacêuticos, abordarão o impacto que a inovação, a transformação digital (com papel preponderante para a Inteligência artificial) e a educação podem ter nas próximas gerações, assumindo como grande chapéu o conceito de One Health – Uma só Saúde.

Desde a resistência a antibióticos, a ingestão de substâncias químicas pela água que bebemos, a problemas de segurança alimentar causados por microplásticos ou pela presença de metais pesados nos chás, os riscos da gentrificação (nomeadamente a segregação espacial empurrando os mais pobres para periferias mal servidas por transporte, saúde e educação), e até o papel das ciências forenses na reunificação de famílias em cenários de crise humanitária, são múltiplas as temáticas que serão apresentadas, com o objetivo de “encontrar uma abordagem unificada para otimizar a saúde humana, animal e ambiental”, considera Ricardo Dinis-Oliveira, toxicologista e professor catedrático na CESPU.

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