Enquanto o país reflete sobre o futuro coletivo, a Semana Europeia do Teste convida cada pessoa a refletir também sobre o seu próprio futuro. Saber o seu estatuto serológico para o VIH, hepatites B e C e sífilis é um passo simples que pode mudar vidas — inclusive a sua.
De 19 a 26 de maio, mais de 23 organizações unem esforços em todo o país, oferecendo mais de 60 pontos de rastreio gratuito, rápido e confidencial. Uma oportunidade para fazer escolhas informadas, cuidar da sua saúde e proteger quem mais ama.
A Semana Europeia do Teste é uma iniciativa promovida pela EuroTEST, que mobiliza organizações de toda a Europa para reforçar a importância do diagnóstico precoce do VIH, hepatites B e C e sífilis. Realizada duas vezes por ano, em maio e novembro, esta campanha visa aproximar as pessoas dos serviços de saúde, incentivando o acesso gratuito, rápido e confidencial ao rastreio, como um passo essencial para melhorar a saúde individual e coletiva em toda a região europeia.
O GAT Grupo de Ativistas em Tratamentos é a organização promotora da Rede de Rastreio Comunitária, em conjunto com ISPUP, que junta organizações de base comunitária que atuam em Portugal para a prevenção das Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST). As 19 organizações da Rede de Rastreio, além de outras entidades da sociedade civil, juntam esforços em cada maio e novembro para promover a Semana Europeia do Teste em Portugal.
Porquê testar?
- Porque a liberdade de escolha começa com o conhecimento;
- Porque hoje é possível viver bem e com qualidade de vida com VIH ou hepatite B, principalmente com diagnósticos precoces;
- Porque a hepatite C pode ser curada;
- Porque saber o seu estatuto serológico é também um ato de responsabilidade social.
Dados nacionais recentes reforçam a importância do rastreio:
- Em 2023, foram notificados 924 novos casos de infeção por VIH em Portugal, com uma taxa de diagnóstico mais elevada no grupo etário dos 25 aos 29 anos;
- 58% dos novos casos foram diagnosticados tardiamente, com particular expressão entre os homens heterossexuais e as pessoas com 50 ou mais anos;
A maioria dos novos casos ocorreu em indivíduos nascidos fora de Portugal, embora o contágio tenha acontecido maioritariamente no país.