Agosto é o Mês da Proteção Solar

Investigadores e docentes da ESSATLA alertam para a ligação entre as queimaduras solares na adolescência e o risco de melanoma

Agosto é, por iniciativa da Skin Cancer Foundation, o mês da sensibilização para a proteção solar. E em pleno período de férias, com as temperaturas a subir, os especialistas deixam o alerta: a prevenção é a melhor forma de cuidar da pele – o maior órgão do corpo humano. A ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica reforça, por isso, a importância da fotoproteção como aliada na prevenção do cancro cutâneo, sublinhando que esta deve ser adotada por todos os tipos e tonalidades de pele.

“A exposição solar entre as 10h00 e as 16h00 aumenta significativamente o risco de cancro da pele”, avisa Patrícia Melo, docente da ESSATLA e especialista em Fisioterapia Dermatofuncional. A profissional lembra que a radiação ultravioleta (UV) é mais intensa neste intervalo, e que simples hábitos como procurar sombra, usar roupa protetora e aplicar protetor solar com fator 50 podem fazer toda a diferença. O apelo? “Cuida da tua pele hoje, para não sofreres amanhã. A prevenção começa com a consciência.”

Além das medidas de proteção, Patrícia Melo dá a conhecer o papel da Fisioterapia Dermatofuncional na avaliação, prevenção e tratamento de alterações cutâneas associadas à exposição solar. “O fisioterapeuta dermatofuncional está capacitado para cuidar de cicatrizes, edemas, queimaduras ou manchas, e pode encaminhar para dermatologia sempre que necessário. É um trabalho complementar, mas essencial para garantir um cuidado seguro e eficaz da pele.”

Também Luís Farias, docente na mesma instituição e especialista em Dermofarmácia, reforça que o protetor solar é um dos cuidados anti-envelhecimento mais eficazes e muitas vezes subestimado. “Rotinas cosméticas e tratamentos estéticos são populares, mas é o uso consistente de fotoproteção que mais contribui para retardar o envelhecimento da pele.”

O farmacêutico derruba ainda alguns mitos persistentes sobre a exposição solar. Entre eles, a ideia de que peles morenas estão protegidas ou que os protetores minerais são sempre superiores aos químicos. “A melanina oferece alguma proteção natural, mas é equivalente a um SPF 6 – insuficiente para evitar danos celulares. E, quanto aos filtros solares, o melhor é aquele que se adapta à nossa pele e que usamos regularmente.”

Um dado particularmente preocupante partilhado pelo docente diz respeito às queimaduras solares durante a adolescência. “A ocorrência de cinco ou mais escaldões entre os 15 e os 20 anos aumenta em 80% o risco de melanoma. Esta é uma ligação que deve servir de alerta – especialmente para os jovens, que muitas vezes negligenciam os cuidados com a pele.”

Ambos os especialistas concordam: a fotoproteção deve ser entendida não como um luxo, mas como uma estratégia de saúde pública. “Cerca de 90% das mortes por cancro de pele poderiam ser evitadas com medidas preventivas simples”, conclui Luís Farias. “E a boa notícia é que nunca é tarde para começar.”


Sobre a ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica

Localizada em Oeiras, no histórico complexo da Fábrica da Pólvora de Barcarena, a ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica foi estabelecida em 2001 como unidade orgânica da então Universidade Atlântica (atualmente, Atlântica – Instituto Universitário). Integrada na Atlântica enquanto escola de saúde de nível politécnico, a ESSATLA apresenta uma oferta formativa diversificada, que abrange quatro licenciaturas, três mestrados e quase duas dezenas de pós-graduações nas áreas da Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia e Osteopatia. Distingue-se pela ênfase na formação em contexto clínico e profissional, combinando uma forte componente prática com uma abordagem humanista, articulada com as ciências sociais e do comportamento. Assumindo, como missão, a formação de profissionais de excelência e motivados para contribuir significativamente na sociedade, a ESSATLA coordena diversos projetos de investigação e inovação que procuram dar resposta às necessidades da comunidade. Como parte da Atlântica, participa no Oeiras Community Valley, uma iniciativa que visa maximizar o impacto das ações de responsabilidade social das entidades participantes, promovendo uma interação efetiva com o Município de Oeiras, alinhada com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Em 2025, a ESSATLA foi distinguida com a Marca Entidade Empregadora Inclusiva pelo IEFP. Mais informações disponíveis em https://essatla.pt/.