Entre 2009 e 2025, os medicamentos genéricos (MG) da classe dos antidiabéticos orais geraram ganhos de 1400 milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo dados divulgados hoje, no Dia Mundial da Diabetes, pela Associação Portuguesa de Medicamentos pela Equidade em Saúde (EQUALMED).

“Os MG para além de terem contribuído para o aumento da acessibilidade e a melhoria da qualidade de vida destes doentes, neste dia parece-nos importante referir que ainda temos em Portugal uma taxa de não controlo bastante elevada, ultrapassando os 35%”, salienta a EQUALMED, representada pelo seu Presidente João Paulo Nascimento.

Até setembro deste ano, o valor da poupança libertada já ultrapassou os 62 milhões de euros. Uma vez que os antidiabéticos são das classes terapêuticas com maiores encargos para o SNS, entre janeiro e dezembro de 2024, segundo o relatório de monitorização do consumo de medicamentos em meio ambulatório do INFARMED, I.P., o consumo dos antidiabéticos orais tem-se mantido estável nos últimos anos, com uma dispensa superior a 62 milhões de unidades.

No tratamento da diabetes tipo 2, os medicamentos genéricos têm vindo a permitir a acessibilidade dos doentes a tratamentos inovadores, especialmente nos Inibidores da DPP-IV, moléculas também conhecidas por gliptinas. O número de unidades de antidiabéticos orais genéricos mantém-se estável com a dispensa de mais de 5 milhões só em 2025. No entanto, ainda existe potencial para que o valor gerado seja ainda maior no futuro com o fim do período de exclusividade das patentes de soluções terapêuticas mais recentes e inovadoras.

Tendo em conta o objetivo desta efeméride mundial de reduzir as desigualdades no tratamento e na prevenção desta doença metabólica, na perspetiva da EQUALMED, “é fundamental garantir que todos os doentes têm uma melhor qualidade de vida e o acesso equitativo à medicação,”, conclui o mesmo responsável.