Para assistir a 15 de janeiro, às 17:00, na Universidade Católica Portuguesa no Porto

Lorenzo Moroni, da Universidade de Maastricht, abordará a área da biofabricação aplicada à medicina regenerativa

A medicina regenerativa tem como objetivo restaurar a funcionalidade original de tecidos e órgãos através da interação entre células e biomateriais. No entanto, a regeneração de tecidos complexos permanece um desafio devido à dificuldade em controlar essas interações no espaço e no tempo. Na palestra “Biofabrication Technologies to Instruct Regeneration”, que conta com a presença de Lorenzo Moroni, diretor do MERLN Institute for Technology-Inspired Regenerative Medicine (Universidade de Maastricht), um dos centros mais importantes da Europa em medicina regenerativa e biofabricação, serão apresentadas soluções tecnológicas integradas, que permitem a criação de estruturas biológicas com propriedades personalizadas capazes de modular a atividade de células estaminais e promover a regeneração de tecidos complexos. Um evento que decorre a 15 de janeiro, pelas 17h30, na Universidade Católica Portuguesa no Porto.

Organizado pela Escola Superior de Biotecnologia e pelo Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF) da Universidade Católica Portuguesa no Porto, o evento permitirá “um debate onde se vão analisar os avanços mais recentes na área da biofabricação aplicada à medicina regenerativa, quais as abordagens inovadoras com mais potencial e as que irão futuramente aproximar a ciência da regeneração de tecidos e órgãos da prática clínica,” refere Ana Leite Oliveira, coordenadora do Mestrado em Engenharia Biomédica da Escola Superior de Biotecnologia e do Laboratório de Biomateriais e Tecnologia Biomédica do Centro de Biotecnologia e Química Fina, onde desenvolve investigação na área dos biomateriais de origem natural para aplicação no tratamento de feridas e regeneração de tecidos.

Os avanços apresentados neste seminário representam um passo significativo para o desenvolvimento de biomateriais e estruturas de suporte que permitem um controlo preciso do destino das células, incluindo a vascularização e a inervação, e favorecem uma melhor integração dos tecidos regenerados no organismo. Desta forma, as tecnologias de biofabricação abrem caminho para soluções inovadoras, que aproximam a medicina regenerativa da prática clínica.

Lorenzo Moroni é diretor do MERLN Institute for Technology-Inspired Regenerative Medicine, um dos centros mais importantes da Europa em medicina regenerativa e biofabricação.  Obteve o seu doutoramento com distinção em 2006 na Universidade de Twente, com um trabalho pioneiro sobre scaffolds 3D para regeneração osteocondral, tendo sido distinguido com o prémio europeu em Biomateriais e Engenharia de Tecidos pela European Society of Biomaterials. Desde 2014, integra a Universidade de Maastricht, onde ao longo da sua carreira, recebeu diversas distinções internacionais, como o Jean Leray Award (2014), o Robert Brown Award (2016) e o prémio Merck Materials Science Lecture (2023). Em 2024, foi eleito Fellow em Biomaterials Science and Engineering e Tissue Engineering and Regenerative Medicine, refletindo a sua notável contribuição científica. A sua linha de investigação foca-se no desenvolvimento de tecnologias de biofabricação para criar bibliotecas de materiais e estruturas 3D capazes de controlar a atividade celular, com aplicações que abrangem a regeneração óssea, vascular, neural e de órgãos. Três dos produtos resultantes da sua investigação já alcançaram o mercado, demonstrando a relevância prática do seu trabalho.

A palestra “Biofabrication Technologies to Instruct Regeneration”, apresentada por Lorenzo Moroni da Universidade de Maastricht, realiza-se a 15 de janeiro, pelas 17h00, na Universidade Católica Portuguesa no Porto.

Mais informação disponível aqui https://esb.ucp.pt/pt-pt/eventos/sessao-interativa-biofabrication-technologies-instruct-regeneration-com-o-prof-lorenzo-moroni-61276