O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro e o Município de Oeiras aliam-se para apoiar investigação de excelência ao serviço da saúde e da qualidade de vida dos doentes oncológicos

Investigadora da Fundação Champalimaud vence com projeto que usa Inteligência Artificial para personalizar os tratamentos contra o cancro

O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC-NRS) anuncia que o projeto “AI-Empowered High-Throughput Analysis of Patient-derived Zebrafish Xenografts for Personalized Cancer Treatment”, da investigadora Rita Leonor Álvares Cabral de Figueiredo Fior Sousa Soares, da Fundação Champalimaud, é o vencedor da Bolsa “Investigação em Oncologia na Era da Inteligência Artificial”, no valor de 100 mil euros.

Esta investigação representa um avanço significativo na área da oncologia personalizada, ao conjugar modelos biológicos inovadores com inteligência artificial para acelerar a identificação de terapias eficazes, adaptadas ao perfil de cada doente.

Esta bolsa representa um marco na história da LPCC, não só pelo seu valor – o mais elevado de sempre atribuído pela Liga –, mas também pelo seu propósito transformador: apoiar projetos científicos de excelência que aliem a investigação oncológica ao potencial da Inteligência Artificial para melhorar os cuidados de saúde,
o diagnóstico precoce e os tratamentos personalizados.

A iniciativa resulta de uma parceria estratégica entre a LPCC-NRS e o Município de Oeiras, que assegurou integralmente o financiamento da bolsa, no valor de 100 mil euros. Esta colaboração insere-se na visão de ambas as entidades de promover a inovação científica e reforçar o combate ao cancro em Portugal.

“É com grande orgulho que o Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro apoia, mais uma vez, a investigação científica de qualidade. Esta bolsa simboliza o nosso compromisso contínuo com a ciência, a inovação e, acima de tudo, com os doentes oncológicos, para que possamos, através da investigação de excelência, dar passos de extrema importância na luta contra o cancro, com impacto na vida das pessoas”, afirma Francisco Cavaleiro de Ferreira, Presidente da LPCC-NRS.

“Acreditamos firmemente que o conhecimento científico deve traduzir-se em resultados concretos. Por isso, continuamos a apoiar quem está na linha da frente da ciência, promovendo a colaboração entre universidades e centros de investigação. Esta parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro representa o nosso compromisso com projetos que combinam ciência e tecnologia em prol dos cidadãos”, refere Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras.

Com 19 candidaturas submetidas até 30 de abril, oriundas de prestigiadas instituições científicas nacionais, o processo de seleção foi conduzido por um júri externo de especialistas nacionais e internacionais, composto por António Medina de Almeida (Hospital da Luz/Universidade Católica), Noel Miranda (Universidade de Leiden), Arlindo Oliveira (IST/INESC), Ahmed Mahfouz (Universidade de Leiden) e Tanja Alderliesten (Universidade de Leiden).

Além do projeto vencedor, foram atribuídas duas menções honrosas, sem apoio financeiro, que reconhecem a qualidade e inovação de duas candidaturas do Gulbenkian Institute of Molecular Medicine (GIMM). Sérgio Alexandre Fernandes de Almeida foi distinguido pelo projeto AI-Powered Discovery of R-loop Modulators for Precision Oncology, que recorre à inteligência artificial para identificar moduladores de R-loops com potencial em terapias oncológicas personalizadas. Já Miguel Augusto Rico Botas Castanho recebeu uma menção honrosa pelo projeto AI4BrainMets: Integrating AI-driven protein design with next-generation in vitro models to target breast cancer brain metastases, que aplica a inteligência artificial ao design de proteínas para combater metástases cerebrais do cancro da mama.

A Bolsa LPCC-Oeiras Valley simboliza o compromisso conjunto do Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro e do Município de Oeiras com a promoção da investigação científica de excelência, com impacto real na vida dos doentes e no avanço da medicina oncológica em Portugal.