O Politécnico de Setúbal, através da sua Escola Superior de Saúde (ESS/IPS), inaugura, já a partir do próximo ano letivo, uma dupla titulação em Enfermagem, oferecendo uma experiência de aprendizagem internacional pioneira no Ensino Superior politécnico português, em parceria com a Universidade de Ciências Aplicadas (UCA) de Artevelde, em Ghent, na Bélgica.
A formação, a que podem candidatar-se os estudantes já a frequentar a licenciatura em Enfermagem em ambas instituições de ensino, vem oferecer um programa estruturado que assenta na experiência e pontos fortes de cada um dos parceiros envolvidos, e tem como grande propósito preparar os futuros enfermeiros para enfrentar os desafios dos cuidados de saúde num contexto global.
A frequência do Curso de Dupla Titulação em Enfermagem (CDTE) pressupõe a conclusão com sucesso de todas as unidades curriculares do 1º ano da licenciatura, e a inscrição no 2º ano curricular. Ou seja, os estudantes que sejam colocados em Enfermagem no IPS, em 2024/2025, poderão candidatar-se ao CDTE em 2025/2026, com o 1º ano de licenciatura já concluído.
No 1º semestre do 3º ano, inicia-se o trabalho conjunto entre formandos dos IPS e da UCA de Artevelde, através de um módulo online, que continuará de forma mais intensa ao longo do 4º ano, com uma mobilidade física na Bélgica (1º semestre) e outra em Portugal (2º semestre). Concluído o curso, os licenciados em Enfermagem serão certificados com dois diplomas, o da instituição de origem e o correspondente da instituição de acolhimento.
Politécnico de Setúbal e UCA de Artevelde: 20 anos de cooperação
O Curso de Dupla Titulação em Enfermagem (CDTE) decorre de uma parceria de duas décadas com a UCA de Artevelde, que se vem traduzindo em várias formas de cooperação, entre elas a mobilidade de docentes, os Programas Intensivos Mistos (Blended Intensive Programmes) e o desenvolvimento conjunto de projetos de inovação pedagógica, financiados pelo Programa Erasmus +.
Neste sentido, o CDTE é “quase uma consequência lógica, resultante do estreitamento da cooperação entre as duas instituições”, tal como refere Ana Lúcia Ramos, docente da ESS/IPS e responsável pela equipa coordenadora do programa. Desta formação, pioneira em Portugal na área da Enfermagem, resultam vários benefícios, desde logo para os estudantes, mas também para “toda a comunidade académica envolvida, sistemas de saúde e pessoas destinatárias dos cuidados prestados pelos profissionais formados neste programa”.
Isto porque, adianta a docente, daqui sairão enfermeiros com “uma visão mais ampla e diversificada da sociedade e da Enfermagem, conhecendo diferentes metodologias e sistemas de saúde, e também dotados de competências interculturais essenciais para trabalhar eficazmente com colegas e pessoas de diferentes origens culturais, isto para além da flexibilidade e adaptabilidade, competências de futuro que são altamente valorizadas”.
Melhores perspetivas de emprego e de progressão na carreira, graças a uma qualificação internacional reconhecida, que necessariamente conduzirá a uma ampliação de redes profissionais, são outras das vantagens associadas a esta formação, suportada pela Diretiva Europeia para o Ensino de Enfermagem.
Cada instituição parceira poderá selecionar até 10 estudantes de licenciatura para integrar este programa, sendo a admissão baseada em critérios como o mérito académico, as competências linguísticas (Inglês), e a motivação e compromisso demonstrados para com a formação.
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