Foram hoje anunciados os quatro projetos vencedores das Bolsas de Jornalismo em Saúde 2024, uma iniciativa do Sindicato dos Jornalistas, em parceria com a Roche, que tem como objetivo promover a criação de trabalhos jornalísticos de alta qualidade, através de reportagens aprofundadas, que contribuam para o aumento da literacia em saúde e para o esclarecimento da sociedade sobre temas considerados essenciais.
Na categoria imprensa, o jornalista Tiago Ramalho, do jornal Público, venceu com a proposta de trabalho “Quem vence as narrativas sobre a saúde no TikTok?”, considerado pelo júri pela sua “inovação, originalidade, relevância e atualidade”, e por ser “uma área pouco explorada nos media”.
A jornalista Daniela Costa Teixeira, da CNN Portugal, venceu na categoria digital, com o projeto intitulado “Uma segunda data de nascimento: a vida depois do diagnóstico de endometriose”. O júri considerou esta proposta pela “importância do tema, o foco na doença e na pessoa”.
“Maternidades adiadas: como as portuguesas estão a criopreservar o futuro” foi o tema vencedor na categoria rádio, apresentado pelo jornalista Fábio Jorge Monteiro Lino, da Rádio Renascença. O “interesse, oportunidade e originalidade” deste trabalho não passou despercebido ao júri, que lhe atribuiu o prémio.
Por fim, na categoria televisão, a jornalista da SIC, Ana Peneda Moreira, venceu com a proposta de trabalho “Prescrição Social”, considerada pelo júri pela “abordagem surpreendente e pela visão holística, com a saúde abordada na sua dimensão física, mental e de relação com a comunidade“.
Cada um destes projetos recebeu uma bolsa no valor de 2.500€, perfazendo um total de 10.000€ em bolsas atribuídas.
Para Luís Filipe Simões, Presidente do Sindicato dos Jornalistas, “estas bolsas são muito mais do que um apelo à excelência do jornalismo na área da saúde”. São, sobretudo um indicador que num momento em que “o jornalismo deixou de estar em crise para passar a estar em perigo” é preciso que a sociedade se mobilize para defender “este que é um dos pilares da democracia que celebra agora 50 anos”.
André Vasconcelos, Diretor-Geral da Roche, salienta a importância que o jornalismo tem no mundo atual e na área da saúde em particular:
“É com muito orgulho que continuamos a apoiar estas Bolsas de Jornalismo em Saúde. Estamos cientes dos desafios do jornalismo no mundo atual, mas nunca esquecemos a importância central que os jornalistas têm na construção de um mundo democrático e humanizado.
Sabemos que o acesso a informação correta e responsável pode ser um fator decisivo na forma como as pessoas cuidam da sua saúde e da saúde das suas famílias.
Num mundo de tanta desinformação, o jornalismo deve ser o nosso farol orientador, que protege o direito do cidadão à verdade. Na saúde, tão central na vida de todos nós, nunca poderemos esquecer o papel dos jornalistas no incremento da literacia da população”.
A concurso estiveram, este ano, vinte e oito projetos, analisados por um júri composto por Luís Simões, em representação do Sindicato dos Jornalistas; Maria Flor Pedroso, da parte do Clube dos Jornalistas; Miguel Crespo, do CENJOR; Cláudia Ricardo, da Roche e Rita Sá Machado, Diretora-Geral da Saúde.