A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) manifesta a sua profunda preocupação em relação à falta de meios para a operação dos helicópteros de emergência médica em Viseu e Évora, a partir de 1 de julho. A interrupção destes serviços aéreos é mais uma evidência da fragilidade do sistema de serviços médicos de emergência em Portugal, que já enfrenta uma série de desafios estruturais.
A ANTEM alerta que, além da escassez de unidades e provedores de resposta em Suporte Avançado de Vida (SAV), a falta de meios aéreos para garantir uma resposta mais equilibrada em emergências, especialmente em regiões mais remotas, fragiliza ainda mais o sistema de emergência médica. A ausência de unidades de SAV compromete diretamente a qualidade e a eficiência na resposta a emergências médicas, colocando em risco a vida de muitos pacientes, sobretudo os que se encontram em situações críticas.
“A suspensão das operações aéreas e a falta de unidades de SAV representam uma grande ameaça à segurança da população. O sistema de emergência médica está a viver um momento crítico e a falta de resposta imediata coloca vidas em risco”, afirma Paulo Paço, Presidente da ANTEM. “As autoridades competentes devem agir com urgência para garantir que a população tenha acesso a cuidados médicos de emergência de qualidade, especialmente em áreas onde a rapidez na resposta é crucial para salvar vidas.”
A ANTEM solicita uma solução imediata para garantir a continuidade dos serviços dos serviços médicos de emergência e apela ao INEM e às entidades responsáveis que tomem as medidas necessárias para assegurar a operação de helicópteros de emergência e reforçar a disponibilidade de unidades de SAV em todo o território nacional.
A ANTEM continuará a defender a melhoria da resposta do serviço médico de emergência e a debater-se pela valorização dos profissionais da área, com o objetivo de garantir cuidados adequados e eficazes a todos os cidadãos.