Uma delegação da Ordem dos Médicos visitou hoje o serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Aveiro tendo identificado fragilidades preocupantes na resposta dos cuidados às mulheres que exigem uma intervenção imediata e eficaz.

Após contacto direto com os médicos do serviço e com o Conselho de Administração do hospital foi evidente a necessidade urgente de reforçar as equipas médicas através da abertura célere dos concursos para preenchimento das vagas existentes, de mecanismos de maior atratividade para os médicos e condições de trabalho adequadas e seguras.

Antecipamos que as escalas previstas para julho e agosto terão vários dias em que o serviço de urgência de Ginecologia e Obstetrícia estará encerrado por falta de médicos, situação que compromete gravemente a capacidade de resposta às necessidades das grávidas e das mulheres da região.

Entre os principais problemas identificados destacam-se a insuficiência crítica de médicos especialistas, o desgaste acentuado das equipas existentes e o risco iminente de interrupções frequentes do serviço, ameaçando diretamente a capacidade de resposta.

Neste contexto, a Ordem dos Médicos alerta para a necessidade imperativa de soluções rápidas e eficazes e exige uma intervenção concreta e urgente por parte de todas as entidades competentes, em particular da Direção-Executiva do SNS que tem a responsabilidade de assegurar a resposta a nível nacional e local.

O Bastonário Carlos Cortes e o Presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Manuel Veríssimo, sublinham que apenas medidas estruturais imediatas podem garantir a continuidade, segurança e qualidade dos cuidados de saúde materno-infantis no Hospital de Aveiro.