Luísa Pinto e Nuno Dinis Alves vão testar novos alvos terapêuticos para uma ação rápida e duradoura contra a depressão
Os cientistas Luísa Pinto e Nuno Dinis Alves, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho, garantiram mais de 800 mil euros da reconhecida fundação britânica Wellcome, no âmbito do programa “Mental Health”.
O seu projeto de investigação de dois anos, agora aprovado para financiamento, visa responder a uma necessidade crítica na depressão (perturbação depressiva major): a falta de estratégias terapêuticas de ação rápida e sustentada. Em particular, a equipa vai estudar o potencial de um transportador vesicular neuronal como novo alvo farmacológico para a depressão, com o objetivo de proporcionar tratamentos com efeitos céleres e duradouros, e até servir como biomarcador de diagnóstico precoce.
Este projeto inclui metodologias como engenharia genética, fotometria de fibra, transcriptómica e combina sistemas in vivo e in vitro. O estudo inclui a analise de amostras de pacientes do Reino Unido, Suécia, Portugal, Grécia, França e Turquia. A investigação é coordenada pela equipa Brain Circuits and Neuron-Glia Adaptations do ICVS da UMinho e conta com a colaboração de Sandrine Thuret, do King’s College London (Reino Unido).
A Wellcome apoia a investigação que promove a compreensão da vida, da saúde e do bem-estar, com foco em três áreas principais: saúde mental, doenças infeciosas e o impacto das alterações climáticas na saúde. O programa “Mental Health – Advancing Target Validation for Novel Mental Health Drug Discovery” visa apoiar projetos científicos que identifiquem novos alvos para o tratamento precoce de doenças mentais, como ansiedade, depressão e/ou psicose.