• Lisboa, Porto e Braga são os distritos com mais empresas e vagas disponíveis para prestar cuidados do dia a dia a idosos e dependentes no conforto das respetivas casas.
  • Portugal tem 297 entidades licenciadas, com capacidade instalada para mais de 16 mil utentes, conforme dados da Carta Social.

As empresas de apoio domiciliário em Portugal continental têm capacidade para mais 9 638 utentes, o equivalente a cerca de 10 mil famílias que poderiam receber cuidados no conforto de casa, com menores custos para o Estado e menor pressão sobre hospitais e lares. A conclusão é da AEPAD – associação das empresas de apoio domiciliário, com base nos indicadores disponíveis na Carta Social, instrumento que reúne informação sobre a Rede de Serviços e Equipamentos Sociais em Portugal.

Atualmente, o país conta com 297 empresas licenciadas e uma capacidade instalada para 16 527 utentes. A análise, porém, conclui que apenas 6 889 idosos ou pessoas dependentes beneficiam destes serviços, o que representa uma taxa de utilização de 41,7% e 9 638 vagas por preencher.

No que diz respeito à distribuição territorial, 66 por cento das empresas licenciadas concentram-se nos distritos de Lisboa (100 empresas), Porto (72) e Braga (26), que são também as regiões com maior número de oportunidades para as famílias, respetivamente, 3879, 1 999 e 1186 vagas. Mais de metade dos distritos têm dez ou menos empresas de apoio domiciliário: Vila Real (10), Santarém (8), Viseu e Leiria (7), Castelo Branco (3), Bragança e Évora (2), Portalegre e Viana do Castelo (1). Um indicador que demonstra as desigualdades de acesso das famílias a este serviço.

“Todos os dias, milhares de profissionais garantem higiene, alimentação, medicação e acompanhamento a pessoas que podem e preferem continuar em casa. Apoiamos perto de 7 mil pessoas, mas temos capacidade para ainda mais 10 mil famílias”, afirma Nuno Afonso, presidente da AEPAD, ao que acrescenta: “Somos a diferença entre envelhecer com autonomia, mas acompanhado, nas casas que sempre conheceram, ou ser depositado num lar, onde se ocupa a vaga de quem realmente necessita, ou na cama de um hospital, por falta de alternativa”.

Quanto a dados de ocupação, Lisboa (3 490 utentes), Porto (1 477) e Faro (408) lideram em número de pessoas apoiadas em casa, enquanto Setúbal (63,7%), Bragança (52,4%) e Faro (49,3%) registam as taxas de ocupação mais elevadas face às vagas existentes.

“Com quase 300 empresas espalhadas pelo território continental, as empresas de apoio domiciliário são já uma alternativa concreta aos internamentos desnecessários e à sobrecarga dos lares. É uma resposta sustentável, próxima e humanizada, parte essencial da solução para o envelhecimento digno e a coesão social”, conclui Nuno Afonso.

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Indicadores da Carta Social:

  • Total de empresas – 297
  • Capacidade Instalada – 16 527 utentes
  • Capacidade ocupada – 6 889 utentes
  • Vagas disponíveis – 9 638 utentes

Distritos com mais empresas de Serviço de Apoio Domiciliário:

Lisboa (100), Porto (72) e Braga (26).

Distritos com maior capacidade instalada:

Lisboa (7 369), Porto (3 476) e Braga (1 411).

Distritos com mais utentes em Apoio Domiciliário:

Lisboa (3 490), Porto (1 477) e Faro (408).

Distritos com maior taxa de ocupação:

Setúbal (63,7%), Bragança (52,4%), Faro (49,3%)

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Sobre a AEPAD

A AEPAD – Associação das Empresas Privadas de Apoio Domiciliário – representa empresas licenciadas ou certificadas pela Segurança Social e/ou pela Entidade Reguladora da Saúde que prestam serviços de apoio domiciliário e cuidados de saúde em casa.
Associação sem fins lucrativos, a AEPAD tem como missão reforçar a presença institucional do setor junto do Estado, promover boas práticas, formação contínua e partilha de conhecimento, defender uma regulação justa e proporcional e estimular a inovação nos serviços prestados ao domicílio.

A AEPAD atua em todo o território nacional, contribuindo para a qualidade de vida de milhares de pessoas e para a sustentabilidade de um setor essencial ao envelhecimento digno e à coesão social.