A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) vê como positiva a medida anunciada de reforço da ação social, embora considere fundamental que esta seja acompanhada por um maior investimento na disponibilização de alojamento estudantil a preços acessíveis.

A ANEM considera ainda que esse reforço deverá ter em atenção os diferentes encargos inerentes a cada área de estudo, bem como ter em conta as especificidades regionais nos custos de vida. No caso particular do curso de Medicina, ainda que não exclusivamente, destacam-se encargos adicionais que pesam significativamente no orçamento dos estudantes, nomeadamente despesas com deslocação, alojamento e alimentação nos locais de estágio fora da cidade-sede da Escola Médica, e custos com material essencial, como equipamentos de proteção individual, estetoscópios e bibliografia de apoio.

A ANEM relembra que, no Compromisso de Ação Social, assinado em abril de 2024 com o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP), foram apresentadas várias propostas concretas para aliviar os gastos mensais dos estudantes de Medicina. Estas propostas mantêm-se atuais e urgentes, numa altura em que se discute o futuro do financiamento do ensino superior.

“É fundamental reforçar a ação social, mas precisamos de medidas estruturais que respondam às reais dificuldades dos estudantes, sobretudo em cursos com encargos específicos como Medicina”, afirma Paulo Peres Simões, Presidente da ANEM.

A ANEM reafirma a sua disponibilidade para colaborar com o Governo e demais entidades no desenvolvimento de políticas que assegurem um Ensino Superior acessível, inclusivo e sustentável.

Sobre a ANEM

Fundada em 1983, a ANEM é a Federação Portuguesa de Estudantes de Medicina, composta por oito Associações, representando cerca de 12.000 estudantes de oito Escolas Médicas do país.