A Ordem dos Médicos (OM) saúda a iniciativa do Ministério da Saúde de criar uma Comissão técnica independente para avaliar as Unidades Locais de Saúde de cariz universitário (ULSU), em particular a sua relação com o ensino médico, a formação e a investigação.

No entanto, considerando os princípios que sustentam a criação das ULS, tais como uma maior integração entre os Cuidados de Saúde Primários e Cuidados Hospitalares, a OM lamenta a ausência de médicos da especialidade de Medicina Geral e Familiar (MGF) nesta comissão.

Não obstante a competência e qualidade técnica dos elementos da comissão nomeados, a presença de especialistas de MGF e o conhecimento das necessidades específicas destes profissionais seria um importante contributo para reforçar as competências técnicas desta comissão.

Para Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, “esta comissão é uma resposta aos apelos que a Ordem tem feito nos últimos meses, para a existência de um maior acompanhamento do processo de criação das ULS, uma reforma que tem vários aspetos a melhorar”.

“Não se compreende que não tenham sido incluídos nesta comissão médicos de MGF, pois são uma parte essencial dos cuidados de saúde prestados, contrariando a principal vantagem das ULS, que é a integração dos diferentes cuidados”, conclui o Bastonário.

A Ordem dos Médicos solicitou à tutela a retificação imediata do despacho de constituição da comissão.