A Câmara Municipal de Loures exige ao Governo o reforço urgente de médicos de Medicina Geral e Familiar no concelho, depois de ter sido fixado, pelo Ministério das Finanças e pelo Ministério da Saúde, um número máximo de 10 vagas para o município no âmbito do novo plano de colocação de profissionais nas Unidades Locais de Saúde (ULS).

A autarquia já comunicou à Ministra da Saúde a sua preocupação com os números agora conhecidos, que ficam muito aquém das necessidades reais e dos pedidos efetuados pela própria ULS Loures-Odivelas, que apontava para 18 vagas. Atualmente, o concelho de Loures regista um défice de cerca de 40 de clínicos de Medicina Geral e Familiar, pelo que os números agora conhecidos são manifestamente insuficientes para dar resposta à população.

Mais grave ainda é a escassez de vagas consideradas carenciadas – atribuídas a locais com falta de profissionais –, com apenas duas afetas à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Loures. Nenhuma vaga com incentivos foi alocada à ULS de São José, que serve uma parte significativa do concelho, incluindo unidades críticas como o Catujal e Moscavide — ambas a funcionar em condições muito limitadas.

A Câmara Municipal de Loures lembra que tem cumprido a sua parte, com investimento direto na melhoria da rede de cuidados de saúde primários. É disso exemplo a nova Unidade de Saúde do Catujal, já em funcionamento, e a Unidade de Saúde do Tojal, pronta a abrir. Sem médicos, porém, estes equipamentos não poderão dar a resposta para que foram concebidos.

Perante esta realidade, o Município de Loures apela ao Governo para que reveja com urgência os critérios definidos e permita a contratação de mais profissionais, garantindo cuidados de saúde dignos e acessíveis à população.