Pais e especialistas vão debater a urgência de brincar em mais uma conferência E&O

53.8% das crianças utilizam tecnologia nas suas brincadeiras, embora a percentagem tenha decrescido face a 2022 (69,5%)

“Como brincam hoje as crianças em Portugal?” e quais os dados mais recentes sobre esta matéria? Os números vão ser revelados e discutidos na 4.ª Conferência Estrelas & Ouriços (E&O), que decorre já no dia 3 de outubro (9h30-13h), no Edifício Impresa, em Paço de Arcos.

Quanto tempo por dia brincam as crianças? Com quem e onde brincam? O ponto de partida para responder a questões desta génese é o estudo “Portugal a Brincar III”. Realizado pela primeira vez em 2018, baseia-se num inquérito a mais de 1600 famílias com crianças até aos 10 anos. Foi elaborado pela Escola Superior de Educação de Coimbra, em parceria com o Instituto de Apoio à Criança e a Estrelas & Ouriços.

Brincar: as tecnologias e o mundo digital

Na amostra deste estudo, é possível verificar que a maioria das crianças (53.8%) utiliza as tecnologias nas suas brincadeiras. Apesar deste valor ser elevado, é inferior ao de 2018 (65,3%) e de 2022 (69,5%).

Observa-se ainda que 66,3% das crianças tem uma maior quantidade de brinquedos não eletrónicos em comparação com os brinquedos eletrónicos (em 2018, este número era de 73.3% e, em 2022, de 69.5%).

Brincar: educação e novos saberes

Relativamente às aprendizagens durante o brincar, em 2022, o privilégio era dado à diversão (39.4%) seguida de muito perto pelo desenvolvimento de competências (39.0%).

Em 2024, as famílias elegem, em primeiro lugar, o desenvolvimento de competências como a criatividade e capacidade de exploração (48.2%).

Brincar: outras conclusões do estudo

*Cerca de 92% dos pais refere que brinca com as crianças.

*Segundo cerca de 40% dos pais, a principal barreira para não brincarem tanto com as crianças é a falta de “energia” devido à elevada carga de trabalho diário.

*Cerca de 52% dos pais refere que brincam menos de uma hora com as crianças durante a semana, e cerca de 26% uma a duas horas aos fins de semana.

Este estudo reforça a importância do brincar para o desenvolvimento infantil, destacando a necessidade de promover mais tempo e espaços adequados para que as crianças possam brincar, especialmente ao ar livre. Estou certa de que, nesta conferência, serão revelados dados muito interessantes sobre um tema estruturante da nossa sociedade”, defende Madalena Nunes Diogo, diretora-geral da Estrelas & Ouriços.

Em parceria com a Escola Superior de Educação de Coimbra, o Instituto de Apoio à Criança e a Fundação Santander, este encontro que ajuda a pensar a família nos dias de hoje – como é já marca das conferências Estrelas & Ouriços – conta com o apoio de diversas Marcas e Entidades que se associaram para celebrar o PODER DO BRINCAR, e com a presença de (muitos) convidados. É o caso de Hugo Rodrigues, médico pediatra e mentor de “Pediatria para todos”, ou Pedro Santa Clara, professor universitário, fundador da Escola 42 e TUMO Portugal. A moderação está a cargo de Sofia de Castro Fernandes.

Mais informações e programa completo AQUI.